0371 – A Generosidade de Um Rei
A generosidade é um assunto importantíssimo nas Escrituras. Deus faz
mais promessas sobre o assunto da generosidade do que sobre fé, amor,
paciência, alegria e outros.
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Há 272 palavras
sobre crer;
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371 palavras sobre a oração;
·
a palavra amor é
usada 714 vezes;
·
mas a palavra “dar”
é usada 2.152 vezes!
Por quê? Porque Deus é um doador.
E deseja que seus filhos sejam parecidos com Ele. Você recebeu uma
natureza generosa.
Você é como Ele é neste mundo (1Jo 4.17b),
não diz na eternidade, mas nesse mundo. Sua generosidade deve ser vista aqui e
não nos céus.
Em João 1.16 na versão MSG diz: “Todos
sempre vivemos de sua generosidade, recebendo dádivas, uma após a outra”.
Jesus afirmou que MAIS FELIZ é quem dá do que quem RECEBE. É bom
receber, fico feliz quando recebo, mas o SENHOR diz que mais FELICIDADE existe
na vida de alguém generoso. “O generoso é mais feliz”. Se você acha que não tem
felicidade, comece a ser MAIS GENEROSO.
Quem vê a Graça se Torna Generoso.
O Espírito Santo coordenou a sequencia dos capítulos da Bíblia. Em Lucas
18 e Lucas 19 encontramos duas pessoas, uma é chamada de “certo homem” e
a outra Zaqueu. Quando a Bíblia nem menciona o nome de alguém, significa
que sua vida passou sem honra.
Em Lucas 18 está o “certo homem” de posição que guardava a lei desde sua
juventude e era muitíssimo rico. Ele se aproximou de Jesus chamando-o de bom
Mestre. Jesus lhe disse que não existe ninguém bom, exceto Deus. Creio que o
Senhor lhe deu uma dica: “se você se aproximar de mim vendo-me como Deus, você
me ouvirá e encontrará sua resposta”. Este homem queria saber o que fazer para
ser salvo, mas não via a Jesus, como salvador. Não esqueça que o nome de Jesus
é “Jeová é salvação”. Ele não se aproximou dele reconhecendo-o como aquele que
salva. Sua confiança estava no que podia fazer para ser salvo. Ele queria mais
uma lei, mais um ensino, por isso, disse: “bom mestre”. Todos os outros
fariseus eram mestres da lei. Jesus era apenas mais um para ele.
Isto nos mostra um princípio importante. Veja Jesus como seu Salvador.
Não apenas do inferno, mas Salvador de qualquer circunstância e necessidade que
você possui hoje.
Todos precisamos de Jesus como Salvador, não como alguém que nos instrui
o que fazer? Normalmente perguntamos: “Senhor o que eu tenho de fazer”?
Enquanto o Senhor quer que você apenas receba dele, pela fé.
A lei transmite a mensagem “o que eu tenho de fazer”. A graça transmite
a mensagem “eu vim apenas receber”. A graça dá, a lei exige.
O Senhor lhe respondeu “guarde os mandamentos...”. Sabemos que ninguém
pode ser salvo por guardar os mandamentos. Jesus queria mostrar-lhe isto,
utilizando-se de uma figura de linguagem chamada litotes. Ele
queria que o homem raciocinasse sobre onde estava sua confiança, onde estava
sua certeza de salvação. No fim, o que aconteceu? O homem ficou muito triste e
a palavra no original traz o sentido de: “dominado com pesar a ponto de a
tristeza causar a própria morte”. A tristeza deste homem foi profunda
tanto o quanto ele amava o dinheiro. E não a Deus. Dar tudo era impossível. O
dinheiro era o seu deus, seu “bom mestre”, quem o guiava, quem dirigia sua
vida. Ele não conseguira obedecer ao primeiro dos mandamentos: “não terás
outros deuses”.
Quando guardamos os mandamentos temos do que se orgulhar. Pensamos que
somos bons. E, não precisamos de salvação, apenas queremos reconhecimento pelas
boas obras. Como disse anteriormente, a generosidade é uma boa ação para com
Deus. Esse homem não deu nada, nem um centavo, nem considerou a possibilidade,
apenas ficou nocauteado pois seu deus foi atingido.
Viramos a página e em Lucas 19 encontramos a história de Zaqueu, o chefe
dos publicados e abundantemente rico.
Zaqueu procurava ver Jesus. Esta
procura era uma busca intensa. Jesus se convida para ficar em sua casa.
Enquanto o Salvador estava na casa, Zaqueu promete dar 50% dos seus bens e
restituir 4x àqueles que havia extorquido. Que ato de generosidade! O que o
levou a ser tão generoso? Foi a Salvação. Ele recebeu a Jesus como Salvador.
Jesus lhe disse: “hoje houve salvação nesta casa”. Sabemos que dar dinheiro aos
pobres não salva ninguém. Jesus não lhe disse que houve salvação porque ele
deu, mas porque houve salvação então deu. Zaqueu se via como perdido, sabemos
disto porque Jesus disse: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”
(verso 9). Quando você está perdido, então precisa de um salvador. Você não
precisa de instrução! Se estiver afogando no meio do mar, não adianta nada
alguém lhe jogar um livro de como aprender a nadar, você precisa de uma
salvação, não de instrução.
A generosidade é grande em nós, quando enxergamos o que Jesus fez por
nós. Não havia como “fazermos algo” para sermos salvos. Não havia como pagar
pela salvação. Então, ele quer que você apenas a receba de graça e pela graça.
Sempre que você vê a graça de Deus, você estará disposto a dar. Sem que
alguém lhe peça nada.
A Oferta é de Acordo com Sua Grandeza
Você é um rei no
Reino de Cristo. A oferta deve ser de acordo com sua posição e não de acordo
com sua situação.
1Rs 10.13 O rei Salomão deu à rainha de Sabá
tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade
real. Assim, voltou e se foi para a sua terra, com os seus servos.
A generosidade é a marca de um nobre.
Voltemos a Salomão. Ele deu para a rainha de Sabá
segundo a sua generosidade real. Ele não deu segundo a necessidade
dela, mesmo porque ela era riquíssima, e para impressionar alguém riquíssimo
sua oferta deve ser muito grande. A generosidade de um rei é de acordo com a
medida de Sua realeza e não de acordo com a necessidade de alguém.
Jesus menciona essa rainha:
A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta
geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a
sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão. Mateus 12:42
Ela é do sul da Arábia e trouxe muitas especiarias e riquezas para
Salomão.
Salomão não deu de acordo com a necessidade da rainha do Sul. Ele lhe
deu tudo o que ela pediu. Ela pediu a explicação de muitas coisas, ele lhe deu.
A rainha de Sabá não era uma mulher pobre, ela não tinha necessidade financeiras
como muitos, podemos afirmar isso porque o texto diz:
10 Deu ela
ao rei cento e vinte talentos de ouro, e muitíssimas especiarias, e
pedras preciosas; nunca mais veio especiaria em tanta abundância, como a que a
rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão. 11 Também as naus de Hirão,
que de Ofir transportavam ouro, traziam de lá grande quantidade de madeira de
sândalo e pedras preciosas. 1
Reis 10:10-11
Um talento tem aproximadamente 34kg. Hoje (dez/24) o ouro está R$
513,41 reais o grama! Fazendo os cálculos, ela deu somente de ouro algo em
torno de 2.094.712.800 Reais! Ela não era pobre!
Não se trata de dar por necessidade, mas por ser nobre.
Generosos são nobres.
A palavra hebraica nadiyb
traduzida por generoso significa NOBRE. Em Êxodo
temos a convocação de Moisés para que o povo trouxesse ofertas voluntárias para
o Tabernáculo (um tipo da Igreja):
Êxodo 35:5 Tomai, do que tendes, uma oferta
para o SENHOR; cada um, de coração disposto < nadiyb >, voluntariamente a
trará por oferta ao SENHOR: ouro, prata, bronze.
Isso nos revela que um nobre tem coração disposto a contribuir.
Sua mentalidade precisa ser transformada, você é um rei na terra, viva como tal: E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. Apocalipse 5:10
A Generosidade dos Príncipes
Em Nm 7:1-3 encontramos as Ofertas
dos Príncipes de Israel. A atitude
deles para com a Casa de Deus (o Tabernáculo) revela o coração de um rei.
Este capítulo é o maior de todo o livro de Números. Por quê?
Qual a razão de Deus registrar detalhadamente a oferta desses príncipes? A
razão é que Deus registra “ofertas nobres”. Tais
ofertas são valorosas porque revelam a identidade de seus doadores.
Deus guarda um registro especial da oferta dada pelos nobres.
Quais as características desses príncipes?
1 No dia em que Moisés
acabou de levantar o tabernáculo, e o ungiu, e o consagrou e todos os seus
utensílios, bem como o altar e todos os seus pertences, 2 os príncipes
de Israel, os cabeças da casa de seus pais, os que foram príncipes das
tribos, que haviam presidido o censo, ofereceram 3 e trouxeram a
sua oferta perante o SENHOR: seis carros cobertos e doze bois; cada dois
príncipes ofereceram um carro, e cada um deles, um boi; e os apresentaram
diante do tabernáculo. Números 7:1-3
1. Ofertaram
voluntariamente
No Verso 3: diz 6
carros repletos e 12 bois. Não havia nenhuma prescrição na lei para isto. De
onde eles tiveram esta ideia? Deram porque eram generosos.
De fato, generosidade é marca de nobreza. A nobreza começa no coração
e não na cabeça.
Eles deram não porque houve um pedido formal, mas porque tinham um
coração para a Casa de Deus.
Davi era rei, um nobre, e deu para a casa de Deus:
1Cr 29.3 E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o
ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo
quanto preparei para o santuário: 4 três
mil talentos de ouro, do ouro de Ofir, e sete mil talentos de prata
purificada, para cobrir as paredes das casas; 5
ouro para os objetos de ouro e prata para os de prata, e para toda obra
de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas
liberalmente ao SENHOR?
Três Mil Talentos de Ouro
equivalem, hoje, a: 52.367.820.000 (Cinquenta e Dois bilhões...) somente
em ouro. Por que Davi deu tanto? Porque amava a Casa de Deus. Ele amava a
Igreja. Você sabe que Deus ama a Igreja? Nós compomos a Igreja do Senhor, a
noiva do Filho de Deus.
2.
Ofertaram para tornar a obra leve - Nm 7.6:
6 Moisés recebeu os carros e
os bois e os deu aos levitas.
Os levitas tinham um trabalho árduo no transporte dos utensílios
do Tabernáculo. Somente para você ter uma ideia, havia 100 bases de prata e
cada uma pesava em torno de 34 Kg. Imagine transportar isto pelo deserto, nos
ombros?
Um nobre alivia a carga dos outros. Ele se
importa. Não esmiúça a cana quebrada. Ele ajuda.
Quantos se dispõem a ajudar a Casa de Deus? Quantos se dispõem a tornar
o trabalho mais leve?
3.
Ofertaram por amor ao Altar
Ofereceram os príncipes para a consagração do
altar, no dia em que foi ungido; sim, apresentaram a sua oferta perante o
altar. Nm. 7:10
O que representa o Altar para nós hoje? Ele
representa a “mensagem da Cruz”.
No altar, todas as ofertas e holocaustos eram queimados ao Senhor. Isto
aponta para a Cruz de Cristo, na qual Jesus foi amaldiçoado por nós.
Como reis, deveríamos ser os primeiros a contribuir,
simplesmente porque amamos a Mensagem da Cruz.
Quem ama a mensagem da Cruz, manifesta as marcas da nobreza. Quem ama
investir na obra da Casa de Deus, ama a obra de Deus.
O primeiro príncipe a ofertar foi o da tribo de Judá.
O que, pois, no primeiro dia, apresentou a sua
oferta foi Naassom, filho de Aminadabe, pela tribo de Judá.(Nm 7:12).
Judá significa louvor. Porque o nobre louva em vez de reclamar.
Pessoas que vivem reclamando manifestam que são “comuns”. Nobres louvam
e falam de maneira positiva. O louvor sempre precede sua vida.
Quando havia uma guerra, a tribo de Judá saía em primeiro. O louvor é a
vitória nos lábios dos nobres. A oferta é uma expressão deste louvor.
Naassom era o príncipe de Judá, um nobre.
Ele gerou um filho chamado Salmom que se casou com Raabe (a
prostituta que entrou na linhagem de Jesus). Eles tiveram um filho chamado Boaz,
o qual se casou com a moabita Rute, que também entrou na linhagem de
Jesus, eles tiveram um filho chamado Obede que gerou Jessé que
gerou o rei Davi. Que impressionante!
A oferta de um nobre marca a sua descendência
com a bênção de Deus.
O alcance de sua contribuição é tremendo. A oferta
abençoa seus filhos e filhos dos filhos.
Viva de modo digno de sua vocação, como um Rei e Sacerdote neste mundo
para a glória do Pai.
Seja generoso em tudo.
Amém.
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